REDES

Gustavo Cossio

Investigador

Gustavo nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, e é estudante de doutoramento em Design na Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – ESDI/UERJ, Brasil (2019-atualmente), com período de estágio na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa – FA/ULisboa (2021-atualmente); bolseiro de doutoramento pela FAPERJ (2019-2021) e PDSE/CAPES (2021-2022). Possui mestrado em Design pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2011), com bolsa da CAPES; e graduação em Design pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA (2006). Foi professor nos cursos de graduação em Comunicação Visual e Produção Multimídia do Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC (2016-2018) e nos cursos de graduação em Design e Design de Interiores da Universidade Feevale (2012-2016). Possui quinze anos de experiência académica em educação em design, pesquisa e projetos de extensão universitária, abrangendo os seguintes temas: design social, design sustentável, design participativo, história do design, design gráfico, design e patrimônio cultural, design de exposições e design de sinalização. Sua produção intelectual tem sido constante, com mais de 40 itens publicados, entre artigos, trabalhos e capítulos de livros.

Projectos

A primeira experiência de Gustavo em pesquisa em design ocorreu durante a sua monografia, ao concluir a licenciatura, quando ele adotou uma metodologia participativa para um projeto de identidade visual e design de sinalética em 2006. Depois, trabalhou como designer gráfico num estúdio de design e, posteriormente, numa empresa de retalho. Durante esse período, juntou-se a um projeto de investigação centrado na história do design a nível regional, tendo em consideração essa lacuna de conhecimento no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, no qual continuou a contribuir como voluntário durante dez anos, em paralelo com outros trabalhos, até iniciar os seus estudos de doutoramento.

A sua dissertação de mestrado incidiu sobre o design de exposições, com ênfase em exposições de design e museus, tendo três estudos de caso, incluindo a Bienal Brasileira de Design. Posteriormente, começou a lecionar nos cursos de licenciatura em Design e Design de Interiores da Universidade Feevale, onde orientou monografias sobre design social e foi responsável pelas disciplinas de Design Social e Design Sustentável, respetivamente. Ambas as disciplinas estavam integradas no projeto de extensão “Design Social: valorizando territórios e indivíduos”, que coordenou durante três anos consecutivos. Este projeto era baseado na comunidade e estabelecia parcerias com associações de artesanato e escolas públicas, permitindo que estudantes de licenciatura desenvolvessem projetos de design gráfico, de produto e ambiental com metodologia participativa, respondendo a uma procura real. Entre 2013 e 2015, o projeto envolveu um total de 600 participantes, maioritariamente crianças e adolescentes de comunidades vulneráveis nas cidades de Novo Hamburgo e São Leopoldo, Brasil, e também contou com a participação de 100 estudantes de licenciatura em design. De 2014 a 2016, coordenou também um projeto de pesquisa e desenvolvimento intitulado “Artefato de tecnologia assistiva para o banho de crianças com deficiência ou mobilidade reduzida”, financiado pela Secretaria de Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, e que resultou num pedido de patente para a Universidade Feevale. Mais tarde, trabalhou durante dois anos como professor temporário no Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, campus Palhoça Bilíngue, uma escola técnica bilíngue em língua portuguesa e língua brasileira de sinais, a primeira do género no país. Lecionou disciplinas de design e fotografia para pessoas surdas e ouvintes no ensino médio e no ensino superior e coordenou o projeto de extensão “Resgate da Memória Palhocense” durante dois anos. Este projeto integrou aulas de fotografia com educação patrimonial em parceria com uma instituição cultural local e focou-se em contar a história da cidade de Palhoça através da produção fotográfica e de um total de dez exposições itinerantes em diferentes locais entre 2016 e 2018, todas compostas por trabalhos de estudantes e da comunidade. No final, a coleção de fotografias foi doada para uma exposição permanente na instituição cultural local.

 

Em seguida, iniciou os seus estudos de doutoramento nos quais realiza uma pesquisa focada na história e educação do design social no Brasil. Durante o seu primeiro ano como estudante de doutoramento, ele e um colega colaboraram com o Museu da Maré, uma instituição cultural comunitária localizada numa área vulnerável do Rio de Janeiro, na qual o design participativo foi aplicado com a equipa para responder às necessidades da instituição, resultando em material de comunicação e promoção. Posteriormente, obteve uma bolsa de doutoramento do governo brasileiro para um período de estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Rita Almendra na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa – FA/ULisboa (2021-2022).

Voltar ao topo